sábado, 2 de julho de 2011

Ela voltou! Pequeno segredo cor de carmim.
Poesia que nasce, cresce, morre e nasce de novo e cresce de novo e, certamente, morrerá de novo porque terá de nascer novamente.
Tive muita atenção aos teus passos, aos teus cabelos... Foram segundos que me sugeriram um legítimo vilão mexicano.
-Eu adoro barba-.
Segundos preciosos os que me fizeram sentir aquelas letrinhas surgindo no intervalo da emoção, como num fim de filme.
Um dia intenso de filmagens: Acordei com o meu coração batendo e querendo mamar, encontrei as águas ao meio dia, e só no apagar da noite, percebi a trilha sonora. Aliás, só não, nadinha de só, bem junto.
Terá sido a água que entornei todo o tempo?
O que eu sei é que ela voltou. Nem disso sei, porque acho que ela nunca se foi, o certo é: ela está em mim.

sábado, 12 de março de 2011

Eu e o AMOR: Joaquim!


Acordando para ver tua respiração...

Trocando as fraldas e pensando "como você pode ser tão lindo?"

É amar.

Seus pés emprestados de algum carneiro e as mãos que, essas sim, são de uma ovelha negra.

Ensinar que o mundo é vermelho, e ver que de qualquer coisa há de sair algo de encantador.

É a esperança, que nasce quando já não há mais nada.

Saber que mais tarde haverá uma namorada, que provavelmente será a primeira mulher de quem terei ciúmes.

Torcer para que a tua primeira palavrinha seja "mamãe" e, para que junto com ela, venha a necessidade de luta por tantas outras mães e por tantos outros filhos.

É a paixão suprema que faz com que esse coração, ateu, peça a Deus a tua saúde.

sábado, 25 de setembro de 2010

Grande Amor

Ele se meche.
Eu canto, ele fica quietinho.
Paro. Ele chuta.
Canto, ele presta atenção.
Ficamos nisso horas...

Ouço seu coração e choro.
Nunca um homem havia me feito chorar de amor.


Esse é o meu samba. O verdadeiro samba do grande amor.


Mamãe te ama, filho.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ela.

(Foto de autor desconhecido, feita do Largo de Nazaré na década de 30. Gentilmente cedida por Aldenor Júnior de seu acervo pessoal.)



O tempo
Vê as mangueiras dançando
Traz os ônibus e fumaça

Tenho certeza de que ele
Não levará o cheiro do
Guamá refletindo teus cabelos

Essa cidade, com todo esse Jambú
Ouve soluçar o novo
Ouve o choro sair das cordas (e da alma)
De qualquer mestiço num bandolim

A sensualidade dessa menina
É encantadora
Como são as saias de tantas caboclas

Que mamãe Nazaré interceda por esses corações
Que mandingados e muito bem perfumados
Só batem aqui.





domingo, 16 de maio de 2010






A noite berrava

As saias eram não sei quantas mil

Rodavam aos meus olhos

Como uma baiana lesa

Girassóis

Toulouse-Lautrec talvez palpasse



É sonhar



Na esquina do nada, sem hora que caiba



Sonhar como uma mãe

Que pondo os olhos no mirrado

Estica fazendo um super-homem



Homem sozinho também

Que se deita sobre as imagens da diaba amada




Sonhar... Parir no vento


Lento e rápido


Para mim, tem gosto o estranho gosto

De ribeirão

De mate,

De carneiro com açaí.

sexta-feira, 14 de maio de 2010


Crescer de dentro e nós.
Chegar em alto mar e retornar.
É quase descuido de mim.
Eu quase não sei.
Eu nunca sei se ela está vestida ou não.
Sopra meu nome junto com "carinhoso" na madrugadinha
Para beijar meus dentes.
Felicidade sim!
Minha viola está gritando,
E meu peito -esse poeta louco-
chorando de amor.

quarta-feira, 31 de março de 2010